sexta-feira, 13 de julho de 2012

Sete princípios para acabar com o "nem eu me explico, nem tu me entendes"

É muito habitual ouvirmos dizer que o universo das relações humanas é complexo, mas isso só acontece porque nós o complicamos, ou não? Porque será tão complicado entendermo-nos?
Será que não estamos verdadeiramente disponíveis uns para os outros? Será que não sabemos comunicar e expressar-nos convenientemente? Será que não temos capacidade de escutar os outros ou até de nos colocarmos no lugar deles? Será que não conseguimos aceitar as outras pessoas como elas são?
"Vamos lá ver se nos entendemos"

Se queremos construir relações de entendimento na família, na vida social ou no trabalho temos de fazer alguma coisa por isso. O entendimento mútuo depende de todas as partes envolvidas numa relação e não só de uma parte. Todos têm de estar conscientes disso, caso contrário a relação não se desenvolve ou pelo menos não se desenvolve da melhor forma.
Para facilitar esse processo talvez valha a pena reflectir sobre "os sete princípios do labirinto das relações", propostos pelo psicólogo e escritor catalão Xavier Guix:
1. Princípio da intencionalidade

Por detrás de uma acção há sempre uma intenção, seja ela consciente ou não. Isso significa que para entendermos os outros podemos observar as suas acções e a partir delas pressupormos as suas intenções.
2. Princípio da diferença, da semelhança e da variabilidade

É verdade que somos "todos diferentes, todos iguais" e que isso interfere nos relacionamentos que construímos. Geralmente, é na diferença que se dão os desentendimentos. Além disso, somos variáveis. O que fomos ontem pode já nada ter a ver com o que somos hoje. Por isso, se queremos compreender os outros temos de os redescobrir no "aqui e no agora", na relação do momento.
3. Princípio dos diferentes estilos afectivos

Algumas pessoas têm mais facilidade em expressar as suas emoções do que outras, já para não falar naquelas que explodem o momento. Isso quer dizer que para nos relacionarmos convenientemente com os outros temos de compreender o seu estilo e ritmo afectivo.
4. Princípio sistémico da relação

As relações vivem e mantêm-se dos contributos dados pelos seus intervenientes. Se tomarmos consciência disso no dia a dia podemos melhorar, em parte, as relações que construímos a partir da nossa contribuição.
5. Princípio da liberdade "condicional"

Somos livres de escolher as pessoas com quem nos relacionamos ou decidir a forma como nos relacionamos com quem não escolhemos ter uma relação. Precisamos, contudo, de entender que essa liberdade de escolha e decisão é em grande medida influenciada ou condicionada pelo que aprendemos e vivemos ao nível relacional.
6. Princípio construtivista da relação

Se considerarmos que a construção pessoal resulta do significado retirado das experiências pelas quais passamos, percebemos que somos "construções" com características muito próprias. Por isso, se nos queremos relacionar com os outros na base do entendimento, temos de respeitar a sua "construção".
7. Princípio construcionista da relação
As aprendizagens também se constroem nas relações que estabelecemos com os outros, ou seja, na interacção social. Cada relação é única e, por isso, desperta em nós coisas diferentes. Conscientes disso, devemos retirar o melhor de cada relação.
O vídeo abaixo dá-nos uma lição de como ultrapassar o dilema "nem eu me explico, nem tu me entendes".

in expresso.pt

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