sexta-feira, 18 de maio de 2012

5 habilidades das pessoas emocionalmente inteligentes

A forma como gerimos as nossas emoções e os nossos relacionamentos determina em grande medida o sucesso pessoal e profissional. Por isso é tão importante desenvolver a "Inteligência Emocional", conceito desenvolvido e largamente difundido pelo psicólogo norte-americano Daniel Goleman, a partir da década de 90, que engloba um conjunto de habilidades pessoais e sociais que permitem conhecer, gerir e controlar emoções de nós mesmos e dos outros, a fim de utilizá-las com guia de pensamento e de ação.

Grosso modo, a inteligência emocional engloba duas inteligências (que fazem parte da teoria das inteligências múltiplas, proposta por Howard Gardner em 1983):

- intrapessoal, que nos dá a possibilidade de nos conhecermos a nós próprios e de alcançar a auto-realização

interpessoal, que nos permite estabelecer relações sociais gratificantes e eficazes no contexto social e profissional.

Quanto mais desenvolvidas essas inteligências estiverem maior a probabilidade de levarmos uma vida satisfatória e feliz.

Na prática, podemos consolidar ou potenciar a nossa inteligência emocional se formos capazes de:

1. Conhecer as nossas próprias emoções
Tomar consciência das nossas emoções e entender o que elas nos dizem a cada momento, para que possamos tomar decisões com mais segurança e confiança.
Imaginemos que nos é proposto um projeto de trabalho que deveremos realizar dentro de um mês. Entretanto, percebemos que temos crises de ansiedade como reflexo das nossas dúvidas, pois aceitar o novo projeto significa deixar de ter tempo para outros projetos que consideramos mais importantes.

2. Expressar e gerir as nossas emoções
Adequar as nossas emoções a cada situação, dominar os nossos impulsos sem nos anularmos ou reprimirmos os nossos sentimentos e converter as emoções negativas em positivas, a fim de se evitar a frustração e se alcançar o equilíbrio pessoal.
No caso do projeto, vamos falar com a pessoa que nos propôs o mesmo para expor as nossas inquietudes e dúvidas. Dessa forma, não só tornamos mais claro o caminho a seguir (por exemplo, não aceitar fazer parte do novo projeto) como também nos sentimos melhor com nós próprios, na medida em que nos libertámos de tensões desagradáveis.

3. Cultivar a nossa auto-motivação
Colocar as emoções ao serviço dos nossos objetivos e metas para que possamos atingi-los de forma produtiva e eficaz, mesmo que sejam muitos os obstáculos para lá chegar. Assim, garantimos a auto-realização e auto-superação.
Em relação ao projeto, e porque decidimos não aceitá-lo, procuramos concentrar toda a nossa atenção e energia nos outros projetos e acabamos por concluir que, no fundo, fizemos bem não participar no tal projeto.

4. Reconhecer as emoções das outras pessoas
Colocarmo-nos no lugar das outras pessoas para identificar e entender os seus desejos e sentimentos, com o objetivo de responder ou reagir adequadamente e na base do interesse mútuo. Essa capacidade, a que chamamos empatia, é a chave da comunicação e do afeto.
Na situação apresentada, a conversa com a pessoa que propôs o novo projeto permitiu-nos conhecer a sua admiração pelo nosso trabalho e até agradecer esse sentimento mas, ao mesmo tempo, obter da sua parte a compreensão e aceitação da nossa recusa.

5. Gerir relações interpessoais
Desenvolver relações interpessoais eficazes, tendo por base a assertividade, o entendimento mútuo e o sentido de cooperação. Por isso é que a competência ou incompetência social depende muito da nossa capacidade de negociar e liderar.
No caso exposto, e supondo que a pessoa voltaria a insistir com a proposta, passaria por mostrar-lhe que isso não seria bom para as duas partes, mantendo-se ou até reforçando-se a eficácia interpessoal entre as partes.
Acima de tudo, há que entender as emoções como o ponto de partida para uma estabelecer uma melhor relação com nós mesmos e com os outros. Todos podemos desenvolver a nossa inteligência emocional ao longo da vida, é tudo uma questão de prática.

in Expresso.pt

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